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Entrevista | Orvino abraça projeto de Gean Loureiro e diz que está potencializando São José

Divulgação

Após 44 anos de empenho e dedicação na Câmara de Vereadores de São José, em 2020 Orvino Coelho de Ávila decidiu deixar o mandato de vereador mais longevo Brasil para se eleger como prefeito da quinta maior economia de Santa Catarina.

Conhecedor das dificuldades e de cada canto da cidade, o prefeito de São José afirma que seu objetivo não é ter um mandato diferente dos anteriores, mas sim fazer melhor, ouvindo as pessoas e se mantendo aberto ao diálogo e às críticas.

Desempenhando uma gestão que tem tirado importantes obras da gaveta, Orvino concedeu entrevista exclusiva ao jornalista Marcos Schettini e disse que está executando projetos importantes que irão potencializar ainda mais o município que possui 250 mil habitantes e cerca de 1200 indústrias.

Apoiador do governador Carlos Moisés quando no processo de impeachment, Orvino, que é filiado ao PSD, agora diz abraçar a candidatura de Gean Loureiro (União Brasil) ao Governo do Estado, argumentando que vai se dedicar para eleger o projeto partidário, que tem na liderança de Eron Giordani a representatividade na composição eleitoral que deve se confirmar nos próximos dias.

Ainda, falou sobre seus candidatos a deputado estadual e federal, comentou sobre as questões democráticas de outubro e brevemente explanou sobre sua amizade com Jorge Bornhausen e Julia Garcia. Confira:


Schettini: O senhor teve vários mandatos como vereador para somente aí resolver buscar a prefeitura. Por quê?

Orvino Coelho de Ávila: Exerci dez mandatos de vereador. Dediquei a maior parte da minha vida até aqui representando os cidadãos de São José na busca de melhores condições de vida para todas as pessoas que aqui vivem, mais oportunidades de trabalho e renda, de educação, saúde e tantas outras demandas. Ocorre que o raio de ação do vereador é limitado. Ele pode pedir, sugerir, apontar soluções e caminhos, mas não está nas mãos dele executar. Foi com esse desejo, de realizar, que decidi disputar o mandato de prefeito. Para fazer acontecer as ideias que sempre defendi, para dar a São José as condições de infraestrutura para crescer ainda mais, para ser, de fato, a cidade das oportunidades.


Schettini: São José é uma cidade poderosa da Grande Florianópolis. O que ela precisa?

Orvino: São José tem mais de 250 mil habitantes, mais de 1.200 indústrias instaladas e é a quinta economia de Santa Catarina. É um município que vem crescendo muito. Precisamos de planejamento e de algumas obras estratégicas de infraestrutura para que a cidade possa se desenvolver de acordo com o seu verdadeiro potencial. Já estão em andamento, por exemplo, a avenida Beira Rio, que vai mudar completamente a vida das pessoas que vivem em mais de 10 bairros. O projeto está pronto e a licitação logo será lançada. Estamos abrindo um novo corredor: da Avenida das Torres, duplicando a Rua João José Martins até o início da Rua Acelino Pereira, para dar vazão ao tráfego do Jardim Botânico e adjacências; A ligação do Recanto da Natureza ao Loteamento Lisboa; A ligação do Loteamento Lisboa à área industrial/Nova São José até a SC-281 e, ainda, a macrodrenagem da Bacia do Rio Roçado, aguardada há mais de 50 anos. Outra obra esperada há mais de 40 anos é a nova estação de tratamento da Casan, no bairro Potecas, antiga reivindicação da comunidade. Há quatro décadas lutamos para que seja feita essa obra, a maior obra de saneamento básico de Santa Catarina. Era inadmissível esta fratura exposta justamente na região para onde município cresce, uma situação de saúde pública cujo odor se propaga por toda a cidade. Apesar de ser de responsabilidade da Casan, a obra foi viabilizada porque doamos um terreno de 150 mil metros quadrados, área grande o bastante para que, no futuro, a obra possa ser ampliada. Outra obra que estamos viabilizando é a Beira Mar de Barreiros, além de muitas outras, de menor porte, mas que vão dar aos josefenses muito mais qualidade de vida.

Schettini: O senhor foi um ferrenho defensor do governador Carlos Moisés na questão do impeachment. Por quê?

Orvino: Nos dois primeiros anos, o governo atual não realizou praticamente nada. O governador também não conversava com os prefeitos, com os deputados e demais representantes da população. Porém, ao enfrentar dois processos de impeachment, o governador mudou sua forma de agir. Percebeu que, para poder governar, é necessário ter diálogo e entendimento. Com isso, fui uma das lideranças políticas que ajudou a criar uma rede de apoio ao governador, que garantiu a governabilidade e uma aproximação com as prefeituras e a Assembleia Legislativa. Com isso, o governo passou a ouvir a população das diversas regiões e atender aos seus pleitos e necessidades.


Schettini: Mas agora seu partido está com Gean Loureiro, do União Brasil, contra o governador. O que vai ocorrer?

Orvino: Sou um homem de partido. O meu partido, o PSD, decidiu apoiar o candidato da União Brasil, Gean Loureiro, inclusive indicando o vice, Eron Giordani. Não somos contra o governo ou o governador. Sou inclusive grato pelo apoio que ele deu ao município de São José, viabilizando diversas obras e ações. O PSD, no entanto, tem outro projeto de governo e nós vamos trabalhar para que seja eleito.


Schettini: A política é assim mesmo?

Orvino: Como diz o meu amigo deputado Julio Garcia, a política é a arte de fazer o bem. É para isso que dedicamos a vida. Para melhorar a vida das pessoas, dar a nossa contribuição para que tenhamos um mundo melhor, com mais oportunidades, acesso à educação, à saúde e à prosperidade. É isso que eu entendo por política.

Schettini: Mudou a relação do governo com os interesses de São José depois que o senhor optou pela fidelidade ao seu partido?

Orvino: Tenho e sempre tive uma relação de respeito com o governador. Nada mudou. Continuaremos a cumprir cada um o seu papel e, sempre que possível, unindo esforços para o bem da sociedade.


Schettini: Quais são seus candidatos na eleição de 2022?

Orvino: Meu candidato a governador é o Gean Loureiro, como já disse. Para o Legislativo estadual e federal, vamos trabalhar pelos candidatos do PSD e pelos que nos ajudam a realizar o que a população precisa e o que nos comprometemos a fazer. Para deputado estadual, são os nomes da ex-prefeita Adeliana Dal Pont; Julio Garcia à reeleição e Mário Marcondes. Para federal, Marlene Fengler, Paulinho Bornhausen e Hélio Costa e, além deles, vamos respeitar os demais candidatos da coligação que nos elegeu (PSB e União Brasil).


Schettini: A gestão Orvino de Ávila se diferencia das outras que passaram por São José em quais ações?

Orvino: A minha preocupação não é ser diferente: é fazer sempre melhor, ouvindo as pessoas e me mantendo aberto para novas ideias e, também, às críticas. Acredito que todas as gestões deram contribuições importantes para que São José se tornasse um dos melhores municípios do Brasil para viver e para trabalhar. Procuro olhar para frente e dar continuidade aos bons projetos já iniciados e implementar novos, como os já citados, tendo sempre como foco o cidadão.


Schettini: A eleição de 2018 trouxe o espectro do extremismo de ultradireita. A Democracia está sob ataque?

Orvino: Acredito na Democracia como um valor inegociável e creio que ela não será abalada com os extremismos. Precisamos todos contribuir para que possamos conviver em paz, com respeito a todas as diferenças. Acredito que hoje essa é uma missão importante que cabe a todas as pessoas. Depende de apenas de nós cultivar a paz e dar o exemplo!

Schettini: O senhor tem uma história de grande amizade com o ex-governador Jorge Bornhausen. O que ele te ensinou?

Orvino: A lealdade e o compromisso com os companheiros: não se faz nada sozinho e não se deixa os amigos, como diz o serrano, com o “pessuelo na macega”. Amigo é o maior patrimônio que adquirimos na vida. Aprendi com a família a dar o valor aos amigos e em minha trajetória de vida sigo os exemplos de meu pai, que sempre dizia: “quem tem um amigo, sempre tem uma porta para bater”.


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